Leia as Histórias
“La vechiaia e bruta, ma fa piaccieri” – “A velhice é feia, mas é prazerosa”
Como faço todos os fins de semana, um sábado, depois do café da manhã (pequeno almoço), vou para o Clube Continental que dista um quarteirão de minha casa, no Parque Continental, zona Oeste da cidade mais bonita e poderosa da América do Sul, São Paulo.
Armado de taco, vou passar algumas horas, trocar conversas com colegas e amigos, discutir, "brigar" pelos lances, as vezes, entrar em choque com parceiros e adversários, tudo em voz alta. E os diálogos são de uma "finura" indescritíveis, envolvendo parentes bem próximos, falecidos, vivos, associando safadezas com a profissão do adversário, sejam professores, médicos, empresários, advogados (o que mais tem), engenheiros e por aí a fora. Costumo fazer o pequeno trajeto a pé, o carro fica em casa, caso a Myrtes tiver que ir a uma das filhas ou ao supermercado.
Nesse dia, porém, fazia muito frio e minha amada me diz:
- "Mo, vá de carro, não vou sair, está muito frio".
E eu fui, estacionei perto do clube, entrei e fiquei jogando, das 10 até 13h30 mais ou menos, e fui embora depois de refrescar a "cuca", falando e ouvindo grosserias e bobagens. (Se vocês soubessem como isso faz um bem!) Sai, fui direto para casa, em cinco minutos estava na porta, fechada, (apenas o portão de correr nos trilhos, a casa sim, trancada sempre à chave). Pensei logo: a Myrtes deve ter ido ao supermercado ou a casa das filhas. Mas, por que fechar o portão da garagem? Já estava tirando as chaves do bolso quando me lembrei:
- "Pó, que “catzo” de cabeça a minha, fui de carro ao clube, tenho que voltar."
Aproveitei, abri o portão (faz um barulho alto que, dentro de casa você fica sabendo que alguém está entrando, o que estava acontecendo com a Myrtes) para entrar, direto com o carro. Virei as costas, sabia que ela, minha mulher, ouvindo, pensou: é o Mo. Não dei nenhum aviso, em poucos minutos estaria de volta e explicaria. Prestem bem atenção: no instante em que me virei, voltando ao clube, um carro, estacionado em frente a minha casa, não na guia rebaixada, um pouco mais para frente, deu uma tremenda saída, "cantando" os pneus com tal intensidade que parecia um soprano ligeiro, em uma área da "Madame Butterfly" quando ela vê o americano chegar, de braço dado com a esposa, americana naturalmente. (sobre a ópera, se vocês quiserem saber da história toda, eu conto depois) Continuei até o clube, peguei o carro e voltei para casa.
Entrei e logo a Myrtes veio me dizer:
- "Mo, você esqueceu alguma coisa no clube? E precisava voltar tão depressa, "cantando" os pneus com tanta raiva... você, assim vai parar logo, logo num sanatório... vai com calma, ninguém está te apressando...”
Sorrindo, expliquei tudo. O esquecimento do carro atrapalhou tudo e, nunca mais vou de carro para o clube.
E-mail: modesto.laruccia@hotmail.com
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"vechiaia qui e bruta! rs rs rs Abracos Felix Enviado por Joao Felix - jfvilanova@gmail.com
que é a mesma marca que o meu .Enchi o carrinho e saí me achando empurrando aquele peso com as rodas duras e... ai meu Deus cadê meu carro? será que roubaram...Andei me arrastando pelo estacionamento a fora e nada...Pedi ajuda ao segurança,e disse; é um mercedes classe A prata placa...depois de muito tempo ele voltou e disse;só tem um mercedes azul marinho placa...aí lembrei que estava com o carro da minha filha e não com o meu. Enviado por walquiria rocha machado - walquiriarocha@yahoo.com.br